Este blog é destinado a todos os professores do Ensino Médio da Regional Metropolitana B

Este espaço foi criado com o objetivo de estabelecer parcerias, trocar experiências e compartilhar ideias das práticas realizadas nos encontros de formação, tanto dos Formadores Regionais da Metropolitana B, quanto dos Orientadores de Estudos e Professores do Ensino Médio.

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Vídeos sobre a Metodologia Ver, Ouvir e Registrar

A metodologia “ver, ouvir e registrar”

Fonte: http://observatoriodajuventude.ufmg.br/pacto-mg/images/APOIOCADERNO1/Textos_JUBEMI_verso2013.pdf

A metodologia “ver, ouvir e registrar” vai ajudar você a construir uma compreensão da escola, do ensino médio, da sua concepção e de seus objetivos e, obviamente, dos jovens alunos, que são o tema fundamental desta formação.   

Utilizando esta metodologia, você vai descobrindo um modo de “desnaturalizar” o olhar sobre o próprio fazer pedagógico, sobre a escola e sobre os jovens que nela estudam. Os textos, os materiais e as atividades serão de grande ajuda para você refletir sobre sua própria prática e suas vivências no cotidiano escolar.  Por intermédio deste exercício de “distanciamento disciplinado”, vamos construir coletivamente um conhecimento sistematizado sobre as vivências e práticas cotidianas nas escolas e sobre os sujeitos que nela estudam. 
Esperamos também que esta experiência de formação contribua para a construção de práticas, experiências e relações significativas na escola em que você atua. 

OS TRÊS MOMENTOS INVESTIGATIVOS: O VER, O OUVIR E O REGISTRAR

o VER

É a etapa inicial do processo de conhecimento. Você precisa contar ou descrever de tal forma que quem não esteve naquele lugar, não presenciou a cena, consiga entender tudo, até mesmo o significado do que aconteceu.  Mas, para contar bem uma cena, um fato, você precisa tomar cuidado. Os nossos olhos tendem a enxergar o que nós queremos ver e não aquilo que é para ser visto. Ou seja, nosso olhar tem filtros, que são nossos valores, nosso jeito de encarar o mundo, nosso modo de pensar... Isso se chama refração. Dessa forma, para enxergar a realidade da escola ou dos nossos jovens alunos ou mesmo os significados que eles atribuem ao cotidiano escolar, precisamos primeiro identificar os possíveis filtros e compreender como estes interferem no nosso olhar e, após esta primeira mirada, voltar a olhar novamente, lançar um novo olhar, buscando:
a) Desnaturalizar o cotidiano escolar, suas vivências neste espaço tão familiar e por isso mesmo tão naturalizado, e assim: 
b) Estranhar o que nos é tão familiar, ou seja, colocar em suspenso seus pontos de vistas e crenças sobre a escola, sobre a condição docente e sobre os jovens alunos, para depois:
c) Enxergar a escola, seu entorno e os jovens alunos, com os olhos de quem chega pela primeira vez, como um “estrangeiro”, buscando compreender os/as jovens estudantes, suas práticas culturais, seus hábitos, valores, visões de mundo etc. Mas somente o olhar não será suficiente para seu processo de construção de conhecimento sobre a escola, o ensino médio e os jovens alunos.

o OUVIR
Assim como acontece com o olhar, também o ouvir possui uma significação específica para um pesquisador. O ouvir complementa o olhar, na medida em que lhe permite voltar à realidade escolar e tentar perceber se o que observou, se o que interpretou durante a observação, é ou não compartilhado pelos outros sujeitos da escola. O ouvir permite confrontar seu ponto de vista com o dos outros sujeitos e construir uma leitura ou interpretação mais complexa das cenas ou situações observadas. Por esse procedimento, você terá condições de compreender as relações sociais dentro da sua escola, do seu entorno, as transformações pelas quais passam a escola, a docência e a condição dos jovens alunos que ali frequentam.  O objetivo principal do ouvir é obter as “explicações” dadas pelos próprios sujeitos pesquisados e membros da comunidade pesquisada, no caso, a escola. Tais explicações “nativas” podem ser obtidas por meio de entrevistas e questionários, proporcionando um ouvir todo especial. Mas, para isso, é preciso saber ouvir!

o REGISTRAR

É importante não somente observar e ouvir, mas, também, registrar o que se observou e o que se ouviu! O Registro é uma continuidade do encontro entre pesquisador e pesquisado e, por conseguinte, uma continuidade do Olhar e do Ouvir.  O registro é material básico para a análise posterior e a sequência do trabalho de observação (olhar e ouvir). 

Fonte: http://observatoriodajuventude.ufmg.br/pacto-mg/images/APOIOCADERNO1/Textos_JUBEMI_verso2013.pdf

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